### Amanita 20
Aliada: Acabe com isso, amor. Alfa Romeus. Quando é que as pernas ficam bambas como cobras?
### Esta deusa nascida das espumas
Esta deusa nascida das espumas do mar,
Cuja beleza faz os homens se ajoelhar,
Agora encontra-se em fraca condição,
Enquanto palavras de Safo ecoam no coração.
Minhas pernas de serpente, longas a deslizar,
Bambearam, tremeram sem se firmar,
Pois em sua voz, paixão despertava,
E cada nota, meu coração abraçava.
*
Tá bom, tá bom. Saffonizamos toda a história. Será que há fim para essa poção maravilhosa?
Sigamos e vejamos se podemos flagrar Chapeuzinho Vermelho saindo do túmulo de Jesus. Mas antes, vamos voltar ao ponto onde deveríamos ter começado: com os verdadeiros antigos védicos. Fiquei um pouco tímido em começar por ali, pois não queria que este livro parecesse mais um Guia Scout do Soma.
No Bhagavata Purana, Canto 10, Capítulo 76, há menção de uma guerra entre o rei maligno Salva e os habitantes de Dvaraka. Embora seres alienígenas não sejam nomeados no capítulo, ele de fato menciona um disco voador com tecnologia extraordinária e armas desconhecidas aos humanos.
No Valmiki Ramayana, Sundara Kanda, Capítulo 8, Verso 6, uma raça alienígena chamada Bhutaganas é descrita pilotando a máquina voadora de Ravana. O verso diz: “Esses maravilhosos vimanas voavam pelos céus a velocidades extremamente altas, controlados por milhares de criaturas malignas com olhos grandes e redondos e capacetes sobre suas cabeças.”
Por que isso é relevante? Em outra seção do Rig Veda, lemos:
### Este é o Soma, sempre livre
Este é o Soma, nunca contido, ativo, conquistador,
Irrompendo, Ṛṣi e sábio, em profunda sabedoria,
Cobre os nus, cura os enfermos;
Os cegos veem, os aleijados caminham.
Tu, Soma, nos dás ampla defesa contra o ódio dos homens alienígenas,
Ódio que consome e nos enfraquece.
*
A implicação é clara: a bebida sagrada Soma serve como proteção contra o ódio de seres alienígenas.
Não acho que isso seja necessariamente uma forma primitiva de feminismo. Pode significar que a Terra, naquela época, era apenas um lugar muito diferente. Um lugar onde a presença alienígena era literal, ou onde os limites dimensionais eram mais fluidos, e o cérebro — ainda grande, ainda maleável — operava sob a orientação de plantas mestras e cogumelos.
Claramente, o Rig Veda sugere que existiam forças para as quais o Soma funcionava como escudo protetor.
Amigos da ciência popular que sentem vontade de gritar “sem evidências”, fiquem à vontade — gritem o quanto quiserem. Não temos evidências. Temos apenas palavras, deixadas pelos antigos.
Curiosamente, um dos episódios mais famosos da Bíblia — onde Jesus cura um cego e faz um aleijado andar — parece ecoar essa passagem do Rig Veda. Fica a dúvida sobre o que esse “ódio dos homens alienígenas” realmente produziu.
Deixemos agora o foco sobre o Padma Purana, um dos dezoito principais Puranas hindus. Esses são textos indianos antigos que abordam uma ampla gama de temas: cosmologia, mitologia, teologia, filosofia e história.
O Padma Purana acredita-se ter sido composto entre os séculos IV e VIII a.C. Seu nome, Padma, refere-se à flor de lótus, símbolo de pureza e liberação espiritual no hinduísmo. O texto está dividido em cinco partes, chamadas khandas, e possui cerca de 55.000 versos.
Ele contém um tipo peculiar de bestiário, mencionando várias espécies que podem ser interpretadas como alienígenas.
Krimayas são descritos como bactérias, vírus, seres unicelulares, moluscos, larvas e vermes. Em outros planetas, existem krimayas com capacidades de raciocínio humano. Eles constroem cidades e viajam pelo espaço em naves. O Atharvaveda menciona krimayas extraterrestres que caem sobre a Terra e causam distúrbios. Eles temem o calor, o que indica que seus planetas de origem são provavelmente úmidos e escuros.
Sarabhas são parentes dos krimayas, com aparência de insetos e aracnídeos. Prosperam em planetas ricos em oxigênio — e quanto mais oxigênio recebem, maiores e mais inteligentes se tornam. O Bhagavata Purana menciona uma espécie ruru dentro dessa família, considerada mais perigosa que as cobras e inexistente na Terra.
Sthavaras são as plantas. Seu habitat apropriado é dito ser a Lua, que é descrita em vários Puranas como um lugar fértil e refrescante. As plantas crescem excepcionalmente bem lá. Algumas, especialmente as com propriedades curativas ou frutos e folhas comestíveis, conseguem absorver o luar e transformá-lo em compostos nutritivos.
Rudranas são as espécies reptilianas, frequentemente associadas ao clã dos asuras e vistas como malévolas em relação às outras formas de vida. O Siva Purana, o Lingga Purana e o Mahabharata falam extensamente sobre seus feitos. Conhecidos como nagas e uragas, esses seres serpentinos interagiram com humanos. O Mahabharata conta como Arjuna casou-se com Ulupi, um príncipe naga. No Siva Purana lê-se sobre nagas que viviam sob o Oceano Índico e sequestravam humanos para se alimentar — até que o Senhor Siva os destruiu, ganhando o nome de Nagesvara.
Pasunas são os mamíferos. Algumas espécies têm forma meio-leão ou meio-vaca. Paksinas são os seres aviários. Vivem em Kinnaraloka, um aglomerado planetário dentro da região Bhuvarloka do universo. Possuem asas e penas, mas pensam e falam como humanos. Dependem da luz solar e de altos níveis de oxigênio.
Manusah refere-se aos humanóides. Entre eles estão os humanos, devas, asuras, kinnaras (meio-humanos, meio-bestas), kimpurusas (seres semelhantes a macacos), gandharvas (músicos celestiais), apsaras (anjos), vidyadharas (anjos alados), siddhas (super-humanos) e muitos outros. Segundo o Padma Purana, existem 400.000 espécies humanóides em todo o universo.
Bhutas são seres etéreos. Estes incluem fantasmas, bhutaganas (os chamados “greys” da cultura ocidental), pisacas (demônios devoradores de crianças semelhantes a Pennywise), goblins e outras entidades do gênero.