Poeta holandês Martijn Benders: as obras portuguesas

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Amanita 3: Ecos de um Mundo Encantado

Posted on Abril 17, 2025 by admin

Amanita 3

Também acredito que o consumo de grandes quantidades de Amanita muscaria deve ser reservado àqueles que trilham o caminho de xamã, bruxa, feiticeiro, mago ou qualquer outro nome que prefira. Nunca se esqueça de que este cogumelo é um portal para outras dimensões, e os seres nesses domínios não estão lá para aliviar o seu tédio. Embora a Amanita muscaria tenha usos medicinais em pequenas doses, ela não é uma panaceia para todos os males da vida. A ideia de que é o comprimido psiquiátrico perfeito para o dia a dia é uma maneira patológica de lidar com a energia.

Paradiso Canto 31 por Gustave Doré. Note como o centro do céu se assemelha a uma impressão de esporo?

Paradiso Canto 31 é uma seção especial da Divina Comédia de Dante Alighieri, um poema épico do século XIV que traça a jornada do poeta pelo Inferno, Purgatório e Paraíso. O Canto 31, pertencente à seção final, Paradiso, é particularmente notável por sua bela e vívida imagética, culminando na jornada espiritual de Dante. Neste canto, Dante atinge o Empíreo, o nível mais elevado do Céu, onde encontra a Rosa Celestial ou Rosa Mística, uma representação simbólica do amor divino, da presença de Deus e das almas dos bem-aventurados. A Rosa Celestial é descrita como uma vasta estrutura semelhante a um anfiteatro, com fileiras de assentos preenchidos com almas santificadas, dispostas em ordem hierárquica. No centro, Dante vê a Virgem Maria, cercada por anjos e outras figuras bíblicas importantes.

### Em forma de rosa alvíssima, então jazia
Ante minha visão a multidão celestial,
Que em seu próprio sangue Cristo tomou por esposa. Enquanto isso,
A outra hoste, que se eleva para olhar
E celebrar sua glória, a quem há muito
Já contemplam e ouvem, parada pairava;
E nas flores que em sua beleza exalavam
Odores como incenso, pendentes em tons vivos,
Os espíritos bem-aventurados retomaram suas alegrias.

— Dante Alighieri, A Divina Comédia, tradução de Henry Wadsworth Longfellow
*

Não, eu alertaria contra o uso diário regular, e explicarei por quê neste livro. No livro a seguir, também apresentarei um regime alimentar projetado para abordar várias questões que agora você percebe como “psicológicas”, fornecendo-lhe uma base sólida para estabelecer o verdadeiro sustento e a proteção que precisará neste mundo cada vez mais degradado.

E para aqueles interessados numa história alternativa de criação, na qual os cogumelos desempenham um papel proeminente, este livro contém uma tradução da minha própria tentativa, a Dança do Seifing, escrita nas Montanhas Gigantes da Polônia, enquanto procurava por este cogumelo.

Neste trecho, observamos uma maravilha que fundamenta tanto a teoria de Darwin quanto a Bíblia. O fruto proibido não era uma maçã, mas um cogumelo chamado Amanita Muscaria. Consumir esse cogumelo permitiu que dois primatas avançassem até o limiar de caminhar eretos. Amanita Muscaria é responsável por nossa experiência humana, guiando-nos desde nossos primeiros passos até nosso estado atual de evolução. Isso é conhecido como a Teoria do Macaco Chapado de Terence McKenna, mas neste livro acrescentarei novas dimensões à maturação da humanidade orientada pelo cogumelo.

Ou, então, a alternativa: não seria um mito da criação, mas a primeira grande lei antidrogas do mundo.

Curiosamente, o ácido ibotênico encontrado na Amanita Muscaria está quimicamente relacionado a um ácido encontrado em certos tipos de algas marinhas, chamado ácido kainico. Isso levanta a possibilidade de que a síndrome de movimento repetitivo induzida pelo ácido ibotênico pode ter desempenhado um papel na evolução dos peixes. Alguns peixes consumiram essas algas e começaram a se mover em espasmos em direção à terra. Da mesma forma, alguns primatas que comeram o “fruto da árvore” evoluíram para humanos.

Neste momento, não afirmo ter descoberto evidências definitivas sobre a Teoria da Evolução. Em vez disso, ofereço uma hipótese modesta e, de certo modo, humilde. Minha companheira, Veronique, observou com perspicácia que peixes arrastando-se para terra dessa maneira provavelmente morreriam. Seria necessária uma ressurreição milagrosa, semelhante à de Jesus, para que pudessem começar a percorrer o terreno terrestre. De fato, isso representa uma lacuna comum na Teoria da Evolução.

No entanto, imagine uma espécie de peixe que vive em águas rasas, onde ocasionalmente, após consumir um tipo específico de alga, um peixe inadvertidamente salta para terra. Tal situação serve como um forte estímulo para que esses animais, ao longo de séculos, desenvolvam adaptações específicas para resolver esse problema de sobrevivência.

Em outras palavras, é possível que sem o ancestral da Amanita Muscaria, só haveria vida marinha no planeta. Existe um grande evento na teoria da evolução que sempre permaneceu envolto em mistério: como os peixes chegaram à terra?

Minha hipótese ao menos confere certa credibilidade à ideia geral, mas é possível que existam histórias completamente diferentes, como veremos nos capítulos dedicados às escrituras Védicas.

Espero que este livro sirva como um guia espiritual, utilizando o cogumelo como um mestre e fonte de sabedoria, frequentemente extraindo percepções do espírito ou da imaginação filosófica encarnada pelas Amanitas.

Cogumelos, como a Amanita muscaria, existem há milhões de anos. No entanto, somente recentemente, sob a influência de determinadas seitas políticas, os humanos começaram a evitá-los.

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Category: Diário literário

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