Poeta holandês Martijn Benders: as obras portuguesas

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Posted on Abril 20, 2025 by admin

Amanita6

Dada a ocorrência generalizada da Amanita Muscaria em todos os continentes, é evidente que esta espécie de cogumelo já existia na Terra há pelo menos 250 milhões de anos, quando os continentes se separaram do supercontinente Pangeia.

Voltando ainda mais no tempo, a composição química do ácido ibotênico encontrado na Amanita Muscaria é virtualmente idêntica à de um ácido presente em certo tipo de alga marinha. Isso poderia sugerir que os primeiros peixes a fazer a transição da água para a terra, cerca de 400 milhões de anos atrás, estavam sob a influência desta alga. Como consequência de seu uso excessivo, desenvolveram a Síndrome do Movimento Repetitivo, que os fazia repetir mecanicamente o mesmo movimento que acabou por empurrá-los para a terra firme. Conforme mencionei anteriormente, isso pode ser uma chave para a Teoria da Evolução.

Curiosamente, a teoria do macaco dopado de Terence McKenna é coerente com tradições religiosas antigas e até com referências bíblicas como a “mulher escarlate” “montada na besta” com “muitas cabeças” “saindo do mar”.

É notável que a Amanita Muscaria, com sua distintiva cor escarlate, origem marinha, múltiplas “cabeças” e propriedades afrodisíacas, nunca tenha sido reconhecida como a “besta” descrita na Bíblia. As descrições do Antigo Testamento foram infelizmente interpretadas como metáforas vagas do mal, quando, na verdade, são uma referência clara a esta espécie extraordinária de cogumelo — causadora da primeira grande campanha antidrogas que este planeta já conheceu, uma campanha que se disfarçou de mito da criação, com consequências desastrosas.

Reflita: o que condenaram os Pais da Igreja? O conceito de evolução e nossa origem no mar. Embora a teoria ainda não estivesse formulada na época (é impossível ter certeza), sempre existiu uma intuição inata de que nossos começos vieram das águas.

Confesso que acho espantoso que o “inimigo absoluto” da humanidade, conforme profetizado em um texto escrito cerca de três séculos após a morte de um nazareno, assuma a forma de um dragão de dez cabeças emergindo do mar. A ideia de que Satanás seja uma criatura marinha, e a ausência de exploração filosófica sobre essa noção incomum, é deveras intrigante. Em minhas pesquisas, ainda não encontrei um único filósofo que tenha abordado esse desafio inicial às teorias dominantes da evolução.

Para os antigos, o mar era símbolo absoluto de uma mãe que cuida de seus filhos, com sua riqueza praticamente infinita de alimentos gratuitos para a humanidade. O que está fazendo um monstro marinho em uma profecia do mal absoluto? Como o Kraken tornou-se o símbolo supremo de Satanás?

Temo que a resposta esteja, ao menos em parte, no marketing. Se você pretende construir um império baseado no consumo de carne e açúcar, o mar — de onde as pessoas poderiam obter alimento de graça — é, basicamente, seu inimigo.

Não é curioso que, na história, a peste negra tenha começado cerca de duas gerações depois que as pessoas deixaram de comer cogumelos silvestres?

Sabemos que a Amanita Muscaria funciona muito bem contra as bactérias causadoras da doença de Lyme, conforme apresento no terceiro capítulo deste livro, então é possível que a proibição dessa substância tenha tido papel no desenvolvimento dessa doença infernal.

Mas, mais uma vez, isso tudo é pura especulação. Ainda assim, acho estranho que o surgimento da agricultura em larga escala tenha caminhado lado a lado com uma “profecia” sobre o mal emergindo do mar — e que este poderoso Kraken (ver próxima página) seria escarlate e teria muitas cabeças — imagens claramente baseadas em mitologia manga do século III!

### O Kraken

Embaixo dos trovões das profundezas superiores,
Lá, lá no fundo do mar abissal,
Seu sono antigo, sem sonhos, intocado,
O Kraken dorme: a luz do sol mais tênue escapa
Por seus lados sombrios; sobre ele incham
Esponjas imensas de milênios de altura;
E ao longe, na luz doente e fraca,
De muitas grutas maravilhosas e celas secretas
Incontáveis e enormes polvos
Agitam com braços gigantes o verde adormecido.
Ali jaz há eras e continuará a jazer,
Engordando com vermes marinhos imensos em seu sono,
Até que o fogo final aqueça as profundezas;
Então, uma única vez, por homens e anjos será visto,
Rugindo ele surgirá e morrerá na superfície.*

Alfred Lord Tennyson

Não havia um elemento de competição com essas criaturas da mente tentacular? Eles não seriam a outra forma de inteligência que habita este planeta?

Nada disso soa muito sapiossexual, receio. Parece que estamos muito apegados à ideia de ocupar o topo da cadeia da inteligência.

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Category: Diário literário

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