Que tipo de cavalo do caralho mandaria reprimir um Gorter?
Consegui resolver um problema de servidor bastante complexo com a ajuda da nova versão do Chat GPT – 03 -, que pôde observar junto comigo. Reescreveu todo o arquivo .htaccess, inicialmente de forma tão rigorosa que nada mais funcionava, mas agora tudo está operando corretamente. Mesmo assim, fiquei dois dias nisso, apesar da ajuda.
Mas agora a estrutura está montada de forma sólida e posso começar a dedicar meu tempo à tradução do meu próprio trabalho.
Faltam apenas 22 dias para que tenhamos que deixar esta casa. Tempo suficiente, pelo menos, para finalizar a versão italiana de Piranha, da qual já estou na página 340.
Depois disso, seremos temporariamente chamados de NOMADES DIGITAIS, pois não conseguimos encontrar outra casa ainda.
Um breve resumo dos projetos literários em curso:
* Romance De Dienst
* Grande antologia panorâmica da poesia turca
* Tradução do meu acervo (contínua)
* Novo livro de poesia (sem pressa para ele)
Bastante organizado. Depois das (geralmente muito boas) traduções do Willem, comecei a trabalhar no livro Amanita, sabiamente, pois até agora é o único livro meu que realmente vende. Em filosofia, ninguém tem interesse, afinal.
Não tenho pressa com o romance nem com o novo livro de poesias. Sem aqueles prazos horrendos do Fundo das Letras (publique ou passe fome – quem inventa isso?), consigo respirar. Eles mesmos definem o fundo assim: “O Fundo das Letras é destinado a pessoas com emprego”, pois “você pode comprar tempo com ele” – completamente fora da realidade. “Chefe, vou escrever um livro por seis meses, depois volto” – “Claro, Martijn!”
Mas quem vive no mundo real – e não recebe automaticamente um bom salário de funcionário público – sabe muito bem que, se você precisa publicar um livro de poesias por ano e ainda tem uma renda abaixo do salário mínimo, você está simplesmente sendo um pouco sádico consigo mesmo.
Memórias.
E tudo isso porque eu insisti em provar que é possível viver da poesia.
É um milagre divino ter conseguido produzir uma obra de tão alta qualidade mesmo sob essa pressão.
Não que isso faça qualquer diferença para a panelinha de professores incestuosa, mas para o futuro está tudo muito bem documentado. Eles não ligam, porque já não acreditam mais em um futuro, imagino. Ou talvez sejam apenas burros demais para perceber que ficarão mal na foto.
Que tipo de cavalo do caralho mandaria suprimir um Gorter?
E meu trabalho é muito melhor que o de Gorter, diga-se de passagem. Mas isso, claro, não se pode dizer perante os bostinhas de escritório.
Quem, no entanto, leu De Eeuwige Ontgroening sabe que não estou fazendo disso uma questão pessoal: aconteceu exatamente o mesmo com outros escritores maiores, como Paul Snoek, e dou inúmeros exemplos disso no livro. É parte de um sistema neoconservador que constantemente finge que a grandeza já não existe, enquanto por trás dos bastidores se esforça ao máximo para reprimi-la, ridicularizá-la, abusá-la por todos os meios possíveis.
Cavalo do caralho.
É aquele que tenta dar uma fratura cerebral em estudantes porque eles protestam contra um genocídio.
É, sobretudo, o homem que ordena que isso aconteça, e o homem que assiste sorrindo.
É o professor que diz estar formando “alunos conscientes” e ao mesmo tempo finge que a manifestação sob sua janela não existe.
Cavalo do caralho. Guarde essa palavra.
Pessoas que, em tempos como este, nunca xingam, não têm alma nenhuma.